Conquista do nome
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O nome próprioPensar sobre o nome próprio no processo de alfabetização não é muito recente assim. Temos, por exemplo, referências de Hildreth em 1936, Marie Clay em 1975 e Emília Ferreiro 1982.
Influenciados pelo trabalho de Emília Ferreiro e Ana Teberoski (livro Psicogênese da Língua Escrita) e do resultado de estudos sobre como ocorre o processo de aprendizagem, em 2000 o MEC lançou o Profa (Programa de Formação de Professores Alfabetizadores) trazendo propostas de atividades envolvendo o uso do nome próprio.
Temos também a publicação em 2014 de um especial no site da NOVA ESCOLA também focando o uso do nome próprio.
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HildrethHildreth escreveu em seu artigo de 1936 (Sequências de desenvolvimento na escrita de nomes):
Hildreth
Quando descobrimos, ao fazer exames mentais abrangentes de crianças entre três e seis anos de idade, que muitas das crianças pareciam ansiosas para escrever seus nomes em seus desenhos, tornamos o exercício de escrita de nomes uma parte rotineira de todos os exames dessas crianças. Este experimento preliminar, mas informal, deu evidências convincentes de que a habilidade da criança de escrever seu nome melhorou constantemente dos três aos seis anos de idade, sem qualquer instrução direta na escrita, e que maturidade excepcional ou imaturidade na escrita de nomes, além da instrução direta, foi um fator significativo sinal de desenvolvimento. A fim de verificar esta hipótese provisória, dados sobre a escrita de nomes foram coletados de crianças nessas faixas de idade de maneira mais uniforme e sistemática.
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Marie ClayEm seu livro O que eu escrevi? Marie Clay (1975) demonstrou que crianças muito pequenas escrevem com intenção e confiança. Eles esperam que outros sejam capazes de ler as marcas que eles fazem no papel. Para muitas crianças seu nome é a primeira palavra que reconhecem e tentam escrever.
Clay
O nome próprio tem sido visto como um passo inicial para o desenvolvimento das habilidades de escrita.
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Emília FerreiroNo texto Os processos construtivos de apropriação da escrita (1982) Emília Ferreiro relaciona o processo de construção do nome próprio ao de outras palavras.
Ferreiro
Insistimos: o nome próprio é fonte de informação e fonte de conflito. A criança não entende por que o número de letras não está relacionado à idade; ele não entende por que sua caligrafia - que é sua - pode aparecer em outros escritos; será capaz de dar uma interpretação estável a essa totalidade sem compreender a relação que as partes têm com o todo, etc. Em suma, os processos de construção do nome próprio são em todos os sentidos semelhantes aos processos de construção de outros nomes, exceto - e nisso reside toda a diferença - que as letras não são de qualquer tipo.
Nesse sentido, a escrita do nome próprio nos parece constituir uma peça-chave para compreender a passagem da correspondência de um tipo lógico (uma letra, mas qualquer, para cada sílaba) à correspondência estabilizada própria da escrita.
*Emilia Ferreiro, Margarita Gómez Palacio. Nuevas perspectivas sobre los procesos de lectura y escritura. p. 152.*#
ProfaO Programa de Formação de Professores Alfabetizadores (Profa) foi lançado em dezembro de 2000 pela Secretaria de Educação Fundamental do Ministério da Educação (SEF/MEC) com o objetivo de oferecer novas técnicas de alfabetização. Influenciados pelo trabalho Emília Ferreiro e Ana Teberoski (livro Psicogênese da Língua Escrita) e do resultado de estudos sobre como ocorre o processo de aprendizagem, foi uma formação destinado especialmente a professores alfabetizadores (EI, EF séries iniciais e EJA).
O vídeo abaixo corresponde ao Módulo 2 Programa 3 chamado de O próprio nome e os nomes próprios. A edição do vídeo foi feita pela revista NOVA ESCOLA e está dividido em duas partes.
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Vídeo - Parte 1#
Vídeo - Parte 2#
Especial: O Nome Próprio na alfabetizaçãoEm 2014 o site da NOVA ESCOLA publicou um especial chamado O NOME PRÓPRIO NA ALFABETIZAÇÃO. O especial foi organizado em três tópicos:
- Por que alfabetizar com nome próprio?
- Oito atividades para fazer com a turma.
- Como atender às demandas reais de aprendizagem.
O especial contou com um vídeo mostrando a experiência prática da professora Alaide (EMEI Dr. José Augusto - São Paulo) na mediação de atividades envolvendo o nome próprio.
Também trouxe a especialista em didática da alfabetização Diana Grunfeld respondendo as perguntas: